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Hiperatividade
(TDAH) |
O Transtorno do Déficit de Atenção
e Hiperatividade (TDAH) é hoje responsável
pela grande maioria dos encaminhamentos a serviços
especializados de crianças e adolescentes.
Estima-se que 3% a 6% das crianças em idade
escolar apresentem o TDAH.
O número de crianças com déficit
de atenção nos Estados Unidos triplicou
nos últimos 25 anos, chegando a 2,84 milhões
em 2001-2002. Na França, uma a cada 400 crianças
toma Ritalina, um medicamento contra a hiperatividade.
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O TDHA é uma das principais causas de
fracasso e conseqüente abandono escolar. Por isso, o
TDAH vem sendo alvo de crescente interesse da comunidade de
professores, de profissionais da área de saúde
e da própria mídia.
As principais características deste transtorno na
infância é a desatenção, a hiperatividade
e a impulsividade. Além destas características
básicas do transtorno, em mais de 50% dos casos, as
crianças apresentam transtornos do aprendizado, transtornos
do humor e de ansiedade.
Hoje já se sabe que a área do cérebro
envolvida nesse processo é a região orbital
frontal (parte da frente do cérebro) responsável
pela inibição do comportamento, pela atenção
sustentada, pelo autocontrole e pelo planejamento para o futuro.
Os neurotransmissores que parecem estar deficitários
em quantidade ou funcionamento, em indivíduos com TDAH,
são basicamente a dopamina e a noradrenalina.
Através de estudos com gêmeos, presume-se haver
uma influência genética no aparecimento do transtorno.
Irmãos de crianças com TDAH têm o dobro
de risco de serem afetados pelo distúrbio em comparação
com a população geral. Pesquisas também
indicam que mães alcoolistas têm mais chance
de terem filhos com problemas de hiperatividade e desatenção.
Outras possíveis causas de TDAH incluem: problemas
durante a gravidez ou no parto, exposição a
determinadas substâncias (chumbo), fatores alimentares
e problemas familiares como: um funcionamento familiar caótico,
alto grau de discórdia conjugal, baixa instrução,
famílias com baixo nível socio-econômico,
ou famílias com apenas um dos pais.
Nas últimas 3 décadas foram levantadas a possibilidade
de alguns tipos de constituintes alimentares estarem ligados
ao quadro de hiperatividade. Em estudos clínicos controlados,
até 50% de crianças hiperativas melhoraram quando
suas dietas foram alteradas, controlando a ingestão
de aditivos, açúcar e eliminando possíveis
alérgenos alimentares.
Uma pesquisa na Grã-Bretanha mostrou que crianças
hiperativas apresentam alta concentração de
chumbo no sangue. O chumbo é um metal tóxico
para o sistema nervoso que atua bloqueando ou dificultando
a transmissão nervosa, levando à perda de memória
e dificuldade de concentração e é capaz
de se acumular no organismo. Pesquisadores da Secretaria de
Saúde de South e West Devon tomaram amostras de sangue
de 69 crianças com problemas de comportamento e compararam
à concentração de chumbo nas amostras
de sangue de 136 crianças sem problemas. As crianças
com problemas apresentaram concentrações de
chumbo bastante superiores aos controles. É importante
lembrar que muitos artefatos manuseados pelas crianças
[brinquedos plásticos pintados, massa de modelar, crayon,
etc...] contém chumbo em suas tintas.
Em pesquisa recente feita pela Universidade de Southampton,
na Inglaterra, e publicado na revista científica Lancet
concluiu que corantes à base de benzoato e conservantes
encontrados em alimentos infantis e refrigerantes podem ser
relacionados à hiperatividade e distúrbios de
concentração em 300 crianças de 3, 8
e 9 anos de idade.
O pesquisador responsável pelo estudo, Jim Stevenson,
defendeu que algumas misturas de corantes artificiais e benzoato
de sódio, um conservante usado em sorvetes e doces,
estavam ligadas a um aumento de hiperatividade.
Os especialistas frisaram que serão necessários
estudos mais profundos para confirmar a prevalência
da hiperatividade relacionada aos corantes e conservantes
alimentares. Das crianças analisadas, 36 tinham hiperatividade
e alergias, 75 eram apenas hiperativas, 79 tinham apenas alergias
e 87 não apresentaram nenhum sintoma.
De acordo com os pais das crianças hiperativas, o distúrbio
diminuiu depois que eles deixaram de consumir alimentos com
as substâncias. A hiperatividade subiu quando corantes
e conservantes voltaram à alimentação
das crianças
Os pesquisadores concluíram que apesar de muitos outros
fatores estarem envolvidos nessa questão, a ingestão
de aditivos é um que a criança pode evitar.
Nutricionista
FERNANDA SERPA
Graduada pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro
- UERJ
Diretora e Docente da empresa Nutconsult
Especialista em Nutrição Clínica
(Clínica Médica e Cardiologia) - HUPE/UERJ
Pós-graduada em Nutrição Clínica
Funcional - CVPE/SP
Docente dos cursos de pós garduação
em Nutrição Clínica Funcional -
CVPE
Nutricionista Militar do Corpo de Saúde dos Bombeiros
Nutricionista Municipal do Hospital Souza Aguiar - HMSA/RJ
Nutricionista Clínica com atuação
em Atendimento Domiciliar e Ambulatorial
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